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Indicadores econômicos apontam para os primeiros sinais de desaceleração

24 de Outubro de 2022 - Expectativas Econômicas

 

O Monitor do PIB de agosto, da FGV, divulgado na semana passada, bem como o IBC-Br, do Banco Central, indicam uma contração na atividade econômica em agosto, em relação a julho. No entanto, a queda do PIB registrada no Monitor foi consideravelmente menor, de 0,8%, enquanto o IBC-Br indicou queda de 1,1%. Tais resultados podem ser os primeiros sinais de uma desaceleração provocada pela política monetária, ainda que as medidas que vêm sendo tomadas pelo Governo nos últimos meses para reduzir os preços administrados e aumentar as transferências de renda tenham injetado um montante significativo de recursos na economia.  

A desaceleração do PIB já é sentida no comércio varejista e na produção industrial, ainda que os serviços permaneçam em crescimento. Os resultados interanuais desses indicadores, entretanto, ainda são relativamente positivos. Com isso, e no contexto da melhora gradual das condições do mercado de trabalho nos últimos meses, as projeções para o crescimento da economia continuam a ser ajustadas positivamente: para 2022, subiu de 2,71% para 2,76% e, para 2023, de 0,59% para 0,63%.  

A terceira deflação mensal consecutiva no IPCA, registrada em setembro, no valor de -0,29%, ainda que tenha sido menor que a esperada pelo mercado, continuou a influenciar o ajuste das projeções para o IPCA deste ano e dos próximos. Para 2022, a projeção foi reduzida, há uma semana, de 5,62% para 5,60%. Para 2023, a projeção recuou, de 4,97%, para 4,94%. Já para 2024, a projeção subiu, de 3,43%, para 3,50%. Vale lembrar que o centro da meta para 2024 é de 3% e que este movimento, portanto, sinaliza desancorarem das expectativas.  

Em semana de Copom, o mercado manteve a projeção para a Selic em 13,75% para o final deste e de 11,25% para o próximo. “Na realidade, ao observarmos as projeções máxima e mínima para este ano, vemos que se trata de um consenso entre os analistas consultados pelo Focus, já que essas medidas também estão em 13,75%”, afirmou o economista da CNseg Pedro Simões. 

A segunda maior economia do mundo, a China, por sua vez, cresceu 3,9% no 3º trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Tal quadro, apesar de não tão ruim quanto o esperado, está claramente aquém da meta do governo. No Reino Unido, entretanto, o clima melhora com a expectativa de que Rishi Sunak se torne primeiro-ministro, depois da queda de Liz Truss, com seu curto governo marcado por propostas fiscais que trouxeram turbulência à libra e aos juros.  

Nesta semana, além da aproximação do dia das eleições para presidente e governador em 12 estados, diversos indicadores serão divulgados. Na terça-feira (25), o IPCA-15 de outubro será anunciado; na quarta (26), será a vez da decisão do Copom. Na quinta (27), os dados do mercado de trabalho, do Caged e da PNAD de setembro e, na sexta, do IGP-M de outubro. 

>> Clique aqui para acessar a íntegra do Boletim de Análise das Expectativas Econômicas

 

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