- Início
- Notícias institucionais
- Avaliação da FenaSaúde sobre os resultados econômico-financeiros do segundo trimestre de 2025

Mercado • 03/09/2025
Avaliação da FenaSaúde sobre os resultados econômico-financeiros do segundo trimestre de 2025
A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) avalia que os dados do segundo semestre, embora um pouco abaixo do primeiro trimestre, ainda são positivos em relação ao ano anterior. Eles refletem os esforços de gestão das operadoras de saúde e o momento de atividade econômica aquecida no país. Trata-se de resultado que demonstra a resiliência da saúde suplementar, que abre as portas da saúde privada para mais de 53 milhões de brasileiros e sustenta uma ampla cadeia de prestadores de serviço.
É preciso salientar que, apesar dos sinais de retomada, o lucro líquido das operadoras médico-hospitalares caiu 20% em relação ao primeiro trimestre de 2025, passando de R$ 6,9 bilhões para R$ 5,5 bilhões. A margem de lucro recuou de 8,6% para 6,7%. O índice combinado – que mostra a relação entre despesas operacionais (administrativas, de comercialização e assistenciais) e as receitas (contraprestações efetivas) – sofreu uma piora, passando de 91,8% para 94,2%.
O número de operadoras médico-hospitalares com resultado líquido negativo aumentou de 21% (135 operadoras) para 29% (189 operadoras). Considerando o acumulado do ano, as contraprestações efetivas cresceram 9,2% em relação ao ano anterior, enquanto os eventos indenizáveis líquidos subiram 5,8% em termos nominais. Sempre comparando o segundo trimestre com o primeiro trimestre de 2025, as contraprestações efetivas aumentaram 3,3% e eventos indenizáveis líquidos, 8,3%. Esse movimento resultou em um aumento da sinistralidade de 3,8 pontos percentuais, saindo de 79,2% para 83%.
Vale um olhar atento para o indicador fundamental: o ROE, que registra o que as empresas geram de retorno sobre o dinheiro que os acionistas aportam. O ROE da saúde suplementar foi de 12,51% no segundo trimestre, o que, comparado com outros setores da economia, é modesto. Levantamento da FenaSaúde mostra que desde a pandemia o ROE médio do setor tem sido 6,4 pontos percentuais menor do que o registrado nos cinco anos anteriores. Ele ainda se encontra em nível inferior ao do período pré-pandemia, quando ficava em torno de 15%.
Com relação aos custos com judicialização, é importante notar que eles foram maiores no segundo trimestre em relação ao primeiro e representam uma proporção dos eventos indenizáveis, chegando a 1,79%. Destaca-se o crescimento das despesas judiciais com eventos não cobertos de R$ 214,6 milhões para R$ 873,8 milhões, quatro vezes mais.
Após um primeiro trimestre que sazonalmente apresenta resultados mais positivos, os resultados da saúde suplementar ainda estão favoráveis, mas em patamar inferior. Por isso, é importante ter atenção para o desempenho da economia e do mercado de trabalho, bem como dar continuidade às melhorias da eficiência do setor.
Finanças
Deflação no IPCA-15 reforça expectativa de desaceleração em 2026
Evento
Brasil quer chegar à COP30 como vitrine de soluções climáticas e participação social, diz secretário do MMA
Evento
CNseg destaca importância das soluções da DISERV e da colaboração e troca de informação entre as associadas na 3ª edição do Conexão Corporativa
Compartilhar